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Lesão do quadril

Data da Publicação: 26/08/2015

As lesões no quadril são relativamente menos comuns quando comparadas às lesões de outras articulações de membros inferiores. O diagnóstico e o tratamento dessas lesões apresentam certa complexidade devido à anatomia e biomecânica peculiares da articulação e suas repercussões em outras partes do corpo. A geometria do quadril permite movimentos rotacionais para todas as direções, necessitando de uma grande quantidade de músculos para estabilizar adequadamente duas grandes superfícies de contato: o acetábulo e a cabeça femoral. Mais de 20 músculos agem para promover os seis movimentos fundamentais da articulação do quadril (flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e rotação externa). A estabilidade inerente do quadril, proporcionada pela profundidade da articulação somada ao lábio acetabular, define os limites dos movimentos articulares. O lábio acetabular é uma estrutura complexa que consiste em um rebordo fibrocartilaginoso que abrangem quase todo o acetábulo. Motivo que justifica a maioria dos mecanismos de lesões. As funções fisiológicas do Lábio Acetabular:

• Limitar o movimento extremo do quadril.

• Aumentar a superfície acetabular para melhorar a estabilidade da articulação.

• Ajudar a dissipação das grandes forças que atuam no quadril em atitudes de impactação articular e gestos esportivos.

Ao se considerar as atividades de maior sobrecarga articular para o quadril, alguns movimentos são essencialmente lesivos a essa articulação, como corrida e saltos no esporte, transporte de peso em terrenos irregulares, movimentos rotacionais em apoio do pé de um dos membros, por exemplo, e uso excessivo de escadas. A biomecânica apropriada envolve movimentos sincrônicos de todos os componentes das cadeias musculares, ou seja, os músculos trabalhando em equilíbrio junto aos alinhamentos articulares. O padrão lesivo mais encontrado, principalmente nas modalidades esportivas é a rotação lateral excessiva do quadril, além do limite fisiológico, que tende a causar frouxidão ligamentar e lassidão capsular (capsula é uma membrana que reveste a articulação), podendo ocorrer instabilidade articular e sobrecargas anormais ao lábio acetabular, resultando em danos condrolabrais (condro = cartilagem e labral = lábio acetabular). A instabilidade pode ser resultado de lesões repetidas na região capsuloligamentar durante as atividades que forcem o quadril para abdução e rotação lateral. Uma vez que os estabilizadores estáticos do quadril, cápsula e o lábio, estão comprometidos, haverá sobrecarga direta sobre os estabilizadores dinâmicos. Dessa forma podem-se desenvolver síndromes musculares:

• Tendinites;

• Contraturas;

• Contusões;

• Distensões;

• Rupturas.

Tratamentos: As lesões intra-articulares ainda recebem muitas intervenções cirúrgicas para correção de impacto femoroacetabular. A existência de uma lesão labral não determina de imediato à necessidade de um procedimento cirúrgico. É importantíssimo considerar o fato do quão incapacitante está quanto a sua atividade. Quando não há melhora clínica com o tratamento conservador impossibilitando de exercer a função requerida em sua modalidade o tratamento artroscópico deve ser considerada. O tratamento fisioterapêutico das lesões intra-articulares de quadril baseia-se nos mesmos princípios do tratamento das lesões de lábio acetabular, independentemente de a lesão ser apenas uma instabilidade ou uma lesão cartilaginosa ou labral. Para o tratamento conservador de lesões de lábio acetabular, propõe-se preferencialmente um programa de reabilitação baseado em, pelo menos, três atendimentos semanais. É necessário inicialmente:

• Controle da queixa álgica e relaxamento muscular com manobras de liberação miofascial;

• Técnicas de terapia manual para correção de possíveis desalinhamentos músculo-articulares;

• Treinamento de estabilização segmentar;

• Correção biomecânica de movimentos inadequados do membro inferior.

Fonte: Sistema de Educação em Saúde Continuada a Distância PROFISIO – Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva.



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Lesão do quadril

Data da Publicação: 26/08/2015

As lesões no quadril são relativamente menos comuns quando comparadas às lesões de outras articulações de membros inferiores. O diagnóstico e o tratamento dessas lesões apresentam certa complexidade devido à anatomia e biomecânica peculiares da articulação e suas repercussões em outras partes do corpo. A geometria do quadril permite movimentos rotacionais para todas as direções, necessitando de uma grande quantidade de músculos para estabilizar adequadamente duas grandes superfícies de contato: o acetábulo e a cabeça femoral. Mais de 20 músculos agem para promover os seis movimentos fundamentais da articulação do quadril (flexão, extensão, abdução, adução, rotação interna e rotação externa). A estabilidade inerente do quadril, proporcionada pela profundidade da articulação somada ao lábio acetabular, define os limites dos movimentos articulares. O lábio acetabular é uma estrutura complexa que consiste em um rebordo fibrocartilaginoso que abrangem quase todo o acetábulo. Motivo que justifica a maioria dos mecanismos de lesões. As funções fisiológicas do Lábio Acetabular:

• Limitar o movimento extremo do quadril.

• Aumentar a superfície acetabular para melhorar a estabilidade da articulação.

• Ajudar a dissipação das grandes forças que atuam no quadril em atitudes de impactação articular e gestos esportivos.

Ao se considerar as atividades de maior sobrecarga articular para o quadril, alguns movimentos são essencialmente lesivos a essa articulação, como corrida e saltos no esporte, transporte de peso em terrenos irregulares, movimentos rotacionais em apoio do pé de um dos membros, por exemplo, e uso excessivo de escadas. A biomecânica apropriada envolve movimentos sincrônicos de todos os componentes das cadeias musculares, ou seja, os músculos trabalhando em equilíbrio junto aos alinhamentos articulares. O padrão lesivo mais encontrado, principalmente nas modalidades esportivas é a rotação lateral excessiva do quadril, além do limite fisiológico, que tende a causar frouxidão ligamentar e lassidão capsular (capsula é uma membrana que reveste a articulação), podendo ocorrer instabilidade articular e sobrecargas anormais ao lábio acetabular, resultando em danos condrolabrais (condro = cartilagem e labral = lábio acetabular). A instabilidade pode ser resultado de lesões repetidas na região capsuloligamentar durante as atividades que forcem o quadril para abdução e rotação lateral. Uma vez que os estabilizadores estáticos do quadril, cápsula e o lábio, estão comprometidos, haverá sobrecarga direta sobre os estabilizadores dinâmicos. Dessa forma podem-se desenvolver síndromes musculares:

• Tendinites;

• Contraturas;

• Contusões;

• Distensões;

• Rupturas.

Tratamentos: As lesões intra-articulares ainda recebem muitas intervenções cirúrgicas para correção de impacto femoroacetabular. A existência de uma lesão labral não determina de imediato à necessidade de um procedimento cirúrgico. É importantíssimo considerar o fato do quão incapacitante está quanto a sua atividade. Quando não há melhora clínica com o tratamento conservador impossibilitando de exercer a função requerida em sua modalidade o tratamento artroscópico deve ser considerada. O tratamento fisioterapêutico das lesões intra-articulares de quadril baseia-se nos mesmos princípios do tratamento das lesões de lábio acetabular, independentemente de a lesão ser apenas uma instabilidade ou uma lesão cartilaginosa ou labral. Para o tratamento conservador de lesões de lábio acetabular, propõe-se preferencialmente um programa de reabilitação baseado em, pelo menos, três atendimentos semanais. É necessário inicialmente:

• Controle da queixa álgica e relaxamento muscular com manobras de liberação miofascial;

• Técnicas de terapia manual para correção de possíveis desalinhamentos músculo-articulares;

• Treinamento de estabilização segmentar;

• Correção biomecânica de movimentos inadequados do membro inferior.

Fonte: Sistema de Educação em Saúde Continuada a Distância PROFISIO – Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva.






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